Falar sobre
missão, a minha missão, não é uma tarefa muito fácil!
Sempre que me
esforço a pensar nessa palavra, meu primeiro pensamento é o de uma tarefa, um
objetivo a ser alcançado, tanto é que quando um de meus planos alcança sucesso
tenho a sensação de missão cumprida.
Mas e quando
essa missão diz respeito ao Reino de Deus? Penso que há em mim uma
predisposição a enxergar com outros olhos, a refletir mais e a temer mais ao
declarar qual, então, é a minha missão.
A palavra missão
tem origem no latim (missĭo) e uma de suas definições é “ação de enviar”. Em
apenas quatro meses como seminarista já precisei afirmar diversas vezes “Fui
envidada por...”. Tenho então, pelo título de seminarista, uma missão? Aqueles
que não separam um tempo para se dedicarem exclusivamente à um seminário
teológico ou a uma junta de missões não tem uma missão?
Há um fantasma
rondando as instituições eclesiásticas e seminários que por diversas vezes
assombra os que neles estão com a “magia do missionário”, como se aquele que
assume uma função específica na vida eclesiástica fosse mais comissionado por
Deus a exercer uma missão. E assim somos pressionados o tempo todo a agir como
seres angelicais menos pecadores e mais amigos de Deus que todos os outros
cristãos do mundo. Ledo engano é pensar que a missão é tão pequena que se
encaixe numa matrícula de inicio de semestre ou numa viagem da junta à África.
Tenho muitos
planos relacionados ao meu ministério! Desejo desenvolver projetos sociais onde
a música seja usada como um instrumento de evangelização, sociabilização e
profissionalização. Trabalhar com desenvolvimento e revitalização de
ministérios de música nas igrejas afim de que eles sejam relevantes e não
apenas um “tapa buracos” nos cultos. Gostaria de escrever livros, compor
cânticos congregacionais, deixar um legado. Mas todas essas são coisas que eu
desejo fazer, são estratégias, e não a missão em si.
No evangelho de
Mateus, quando Jesus faz o famoso chamado da grande comissão, ele diz:
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. Mateus 28:19-20.
Jesus não disse
“Portanto ide e separai pastores, ministros de música, educadores religiosos e
missionários para que eles façam discípulos de todas as nações...”. A missão
vai muito além disso!
Eu acredito na
importância dos seminários para a capacitação de líderes! Acredito e estou
muito feliz por estudar em um! Porém, não desejo limitar a minha missão de vida
ao que eu aprendo no seminário, a um projeto, a uma área (no caso, a música).
Quero que Deus me use nessa grande missão de fazer discípulos seja através da
música, seja do que Ele quiser!
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Espero, com esse pequeno texto (que na verdade foi uma atividade que fiz para uma das minhas aulas do seminário hahaha), você também seja despertado por esse chamado de Jesus. O Ide não é para um tipo de pessoas apenas, não é para os queridinhos de Deus. O Ide é para todo e qualquer cristão!
Em amor,
Mariane Godoi
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DAC