I. Origem: antes do mais, diga-se algo sobre a etimologia de “Carnaval”.
Comumente os autores explicam este nome a partir dos termos do latim tardio “carne vale”, isto é, “adeus carne” ou “despedida da carne”; esta derivação indicaria que no Carnaval o consumo de carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias de jejum quaresmal. – Outros estudiosos recorrem à expressão “carnem levare”, suspender ou retirar a carne: o Papa São Gregório Magno teria dado ao último domingo antes da Quaresma, ou seja, ao domingo da Qüinquagésima, o título de “dominica ad carnes levandas”; a expressão haveria sido sucessivamente, carneval ou carnaval”. – Um terceiro grupo de etimologistas apela para as origens pagãs do Carnaval: entre os gregos e romanos costumava-se exibir um préstito em forma de nave dedicada ao deus Dionísio ou Baco, préstito ao qual em latim se dava o nome de currus navalis: donde a forma Carnavale.
Como se vê, não é muito clara a procedência do nome.
Quanto à realidade por este designada deve-se dizer o seguinte:

Dado o motivo de tais festividades populares, entende-se que a data de sua celebração tenha sido vária: podia ser o dia 25 de dezembro (dia em que os pagãos celebravam Mitra ou o Sol Invicto) ou o dia 1º de janeiro (começo do novo ano), ou 6 ou 17 de janeiro ou 2 de fevereiro (datas religiosas pagãs) ou algum termo pouco posterior.
II. Atitude da Igreja: quando o Cristianismo se difundiu, já encontrou tais orgias no uso dos povos. Por princípio, o Evangelho não é contrário às demonstrações de júbilo, contanto que não degenerem em celebrações libertinas e pecaminosas. Por isto, os missionários não se opuseram formalmente à realização do Carnaval, mas procuraram dar-lhe caráter novo, depurando-o de práticas que tinham sabor nitidamente supersticioso ou mitológico e enquadrando-o dentro da ideologia cristã; assim, como motivo de alegria pública, os pastores de almas indicavam por vezes algum mistério ou alguma solenidade do Cristianismo . Por fim, as autoridades eclesiásticas conseguiram restringir a celebração oficial do Carnaval aos três dias que precedem a quarta-feira de cinzas (em nossos tempos alguns líderes bem intencionados promovem, dentro das normas cristãs, folguedos públicos nesse tríduo, a fim de evitar sejam os fiéis seduzidos por divertimento pouco dignos).
Como se vê, a Igreja não instituiu o Carnaval; teve, porém, de o reconhecer como fenômeno vigente no mundo em que ela se implantou. Sendo em si suscetível de interpretação cristã, ela o procurou subordinar aos princípios do Evangelho; era inevitável, porém, que os povos não sempre observassem o limite entre o que o Carnaval pode ter de cristão e o que tem de pagão. Está claro que são contrários às intenções da Igreja os desmandos assim verificados. Em reparação dos mesmos, foram instituídas a adoração das Quarenta Horas e as práticas de Retiros Espirituais nos dias anteriores à quarta-feira de cinzas.
D. Estevão Bettencourt, osb.
Revista PR, Nº 5, Ano 1958, Página 213.
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Minha idéia de Carnaval para você é o carnaval com Cristo. Procure saber se na sua Igreja haverão os retiros ou rebanhões e participe! Busque toda essa alegria ao lado de Jesus e faça a diferença!
Deus te abençoe!
Mari...
Post bem informativo.
ResponderExcluirObrigado por compartilhar conosco este conteúdo!
Que Deus lhe abençoe!
Muito obrigada João Victor! E obrigada também por seguir o blog! Bem vindo à Família!
ResponderExcluirDeus abençoe muitoooo! =)